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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Estava separando alguns cadernos de rascunho para estudar, e derrepente cai uma poesia que fiz ano passado para uma apresentação no colégio.
Me deu vontade de repassá-la aqui agora:



O meu último dia.Tamanho da fonte


Foi assim, num instante
Soube então, que seria o fim.
E o meu futuro brilhante?
Não, não era para mim.

Aproximava-se um furacão,
Fecharam nossa cidade.
Destruíram meu coração,
Sem nenhuma piedade.

Não, eles não aceitavam,
Não aceitavam termos tantas riquezas.
Na verdade, odiavam.
Não dava, a nossa cidade tinha que ser presa.

Todos morrendo,
Seria mais fácil assim.
Tomariam posse do dinheiro,
E assumiriam a liderança, enfim.

Nunca dei valor às coisas pequenas,
As coisas grandes que me cativavam,
Gostava de caras ricos e que se arrumavam.


Agora, eu aqui, no meu último dia de vida,
O que eu aproveitei de verdade?
Será que fui sucumbida
Por toda essa falsidade?

Sinto um vazio imenso.
O que é vida?
Agora eu penso.
Será que um dia eu fui mesmo querida?

Ando sem destino agora,
Esperando minha hora.
Está chegando,
E infelizmente não estão brincando.

Nossa, que árvores lindas encontro,
Será que existem outras no mundo?
Que céu perfeito,
Será que eu por estar obcecada por dinheiro,
Não vi isso direito?

Não, não vi.

A morte está vindo,
Vou fechar os olhos agora, então.
Aproveitar só um pouco do tempo bonito que está fazendo,
E acalmar meu coração.
Estou sorrindo,
E a tempestade vindo.
Estou mesmo feliz
Pelo menos vivi um triz.

E agora quando o tempo se fechar,
Eu vou estar pronta para voar.



Johanna Nunes Beringer

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